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Rastreio ao Cancro do Cólon e Reto

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No âmbito do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas, a Direção-Geral da Saúde informa que o rastreio do cancro colorretal é reconhecidamente uma necessidade, pela morbilidade e mortalidade associadas a estas neoplasias, sabendo-se que os programas de rastreio podem ter um impacto significativo na redução de incidência e de mortalidade.

Esta necessidade foi assumida a nível europeu, tendo sido preconizada a realização de teste primário com pesquisa de sangue oculto nas fezes, na população assintomática entre os 50 e os 74 anos, e sem outros fatores de risco. Nesta estratégia, aos doentes com pesquisa de sangue oculto positivo é proposta a realização de colonoscopia.

Este programa diminui a mortalidade por cancro colorretal em aproximadamente 16%, tendo sido demonstrada a sua utilidade através de estudos controlados, em rastreios de base populacional.

Existem outras estratégias de realização de rastreio do cancro colorretal, nomeadamente a realização de teste primário com exames endoscópicos (retossigmoidoscopia ou colonoscopia).

Estes testes, com maior capacidade de diagnóstico de lesões pré-malignas, estão também associados a menores taxas de adesão ao rastreio, sendo que não existe disponibilidade no país para assegurar de forma integral a abordagem por endoscopia a todos os utentes abrangidos nos grupos-alvo.

Assim:

Dando cumprimento ao Despacho n.º 4771-A/2016 de 7 de abril do Senhor Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, cabe à Administração Regional de Saúde da Região Norte (ARSN) implementar o Programa de Rastreio do Cancro do Cólon e Reto em toda a Região Norte, cuja população alvo são utentes dos 50 aos 74 anos (50-60 anos na primeira fase do programa), de ambos os sexos, inscritos nas unidades de cuidados de saúde primários. Este rastreio está alinhado com o Programa Nacional para as Doenças Oncológicas, contribuindo para se atingirem as metas propostas para 2020:

⊗ Redução da mortalidade associada a tumores
⊗ 100% de cobertura
⊗ Promover a integração entre cuidados de saúde primários e cuidados hospitalares em doenças oncológicas

O rastreio do CCR será feito através da realização da pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF) a cada 2 anos. Caso a PSOF seja positiva, dever-se-á realizar a colonoscopia. O rastreio oportunista apresenta alguns problemas e, por isso, justifica-se a implementação de um rastreio de base populacional suportado e sustentado pelo SNS.

O rastreio do CCR é um processo estruturado em torno das seguintes etapas fundamentais:

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Em qualquer destas etapas é imprescindível fornecer informação adequada ao doente para uma decisão consciente sobre a participação ou não no rastreio, em todos os atos clínicos previstos.

O teste de rastreio é a pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF) pelo método imunoquímico FIT – Fecal Imunochemical Test, seguida de colonoscopia sempre que o resultado for positivo (método quantitativo: maior ou igual a 100 ng/mL).

A metodologia do rastreio obedecerá ao principio da procura ativa dos utentes em idade para o rastreio através de uma carta convite/reconvinte personalizada, sendo as amostras recolhidas nas unidades de saúde e enviadas para o Laboratório Regional de Saúde Publica sedeado em Braga.

Após leitura, os resultados são disponibilizados aos utentes por carta e ao médico de família através da plataforma informática Siima Rastreios. Esta é também a plataforma através da qual se referencia o utente com PSOF positiva para o hospital para realizar a colonoscopia complementar.

Após execução da colonoscopia, o utente é orientado para vigilância clinica, segundo algoritmo clínico previamente determinado.

A monitorização e avaliação do programa é avaliada em sede da ARS Norte, com acompanhamento do processo a diferentes níveis.

Referência Bibliográfica: ARS Norte

22/07/2021

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